De novo fora da grande cidade, os próximos dias são recheados de histórias, mitos, no fundo, uma ode à transversalidade da cultura Coreana.
A ilha de Nami, em Gapyeong, é acessível por barcos turísticos de frequente passagem. Lugar de antíteses, actos heróicos de um general que morreu novo e deixou incompleto um coração de uma donzela que ainda hoje não consegue deixar de procurar o seu amado, ectoplasma translúcido que tormenta a ilha.
Segue-se o templo de Naksansa, fundado em 671, pelo monge Uisand Daesa, na costa Oeste da Coreia do Sul, inspirado por Avalokitesvara Bodhisattva (símbolo da compaixão Budista). Seguindo por entre Pagodas, Bambu chego ao templo principal. Entro, não sem antes tirar os sapatos, sinal máximo de respeito. Segundo os meus companheiros de viagem, devo curvar-me três vezes, em jeito de devoção e agradecimento, a Buda, Dharma (aprendizagem) e a Sangha (a comunidade budista).
E finalmente, a montanha de Seoraksan, enorme, sublime, no topo, a pintura real da natureza, é impossível imitar o degradê que se desvanece no horizonte, menos ainda quando o vento, generoso, nos embala com o canto de monges de um mosteiro local. Paro, e retorno a leituras antigas de Haikus, versos que simplificam de forma bela a complexidade da natureza. Rocha, vento, horizonte, o dia a chegar ao fim, a certeza de que outro em breve lhe sucederá.
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