Um oceanário dentro de um edifício dourado de 63 andares ladeia o rio. Largas e artificiais piscinas de espesso vidro guardam espécies eternamente turistas. Caminhamos ao encontro do monstro de Han River, em forma de estátua inanimada, em homenagem ao seu realizador criador, Bong Joon-ho. O rio, famoso, é ladeado por ciclovias e parques, nos quais grupos de amigos se reúnem brindando à agilidade doce da vida com copos vermelhos garrido a partir dos o fumo dos noodles previamente aquecidas esvoaça, transportado pelo vento para as verdes montanhas que rodeiam a cidade.
Segue-se Hongdae, um dos mais populares bairros entre jovens universitários. Os preços são aqui mais generosos, bem acompanhados pela vibrância dos neons dos restaurantes de kimbap. Escadas de cimento são fielmente guardadas por manequins, escondendo quem os suplanta roupas vintage com carpas dragões e tigres. Nas arcadas, namoradas desafiam o engenho propositadamente deficiente das tenazes que tentam abraçar os ursos rosa, sem sucesso, estes ficam eternamente presos no interior destes desgraçados e pouco simpáticos paralelípedos de vidro. Até as balas de cortiça pouco mais fazem do que roçar os alvos de metal. Nem som, nem beijo. Nem para os alvos, nem tão pouco os que nele tentam acertar, os azarados namorados.

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