De volta a Seul, o Museu Nacional da Coreia é o próximo destino, na senda de adensar o conhecimento da história deste tão antigo país. Em constante mudanças, fruto de invasões, guerras, anexações, negociações, a bravura deste povo está na resiliência, a prova da mesma é hoje ainda aqui estarem, orgulhosos de suportarem de forma estóica a erosão do tempo e da ganância alheia. Ao início, Gojoseon, 2333 A.C. Mais tarde, século primeiro D.C, foram três os reinos, Goguryeo, Baekje e Silla, período ao qual sucedeu Goryeo, tremendamente influenciado pelos valores da religião Budista, em que foram introduzidas e codificadas leis civis de enorme importância. Com as invasões mongóis, mudanças significadas ocorreram em meados do século XIV, resultando num período de incerteza, o qual teve o seu fim na rebelião levada a cabo pelo General Yi Seong-gye, fundando a importante e duradoura (500 anos, de 1392 a 1897) dinastia de Joseon, na qual, entre inúmeras e marcantes reformas implementadas, se destaca o “Hangul”, o alfabeto coreano que serviu o nobre propósito de desanalfabetizar o povo coreano.
Seguiu-se um curto período que correspondeu ao Império Coreano, tendo tido o seu início no final do século XIX e o seu fim pouco depois, com a invasão Japonesa, em 1910. Este foi um dos mais negativos períodos da história do país, ainda hoje tema de revolta entre as gerações mais velhas, mas sem nunca abandonar a memória imaginada dos mais novos. Só em 1945, finda a Segunda Guerra Mundial, com a derrota dos Japoneses, o povo Coreano finalmente readquiriu a independência do seu país.
Mas as fronteiras que hoje conhecemos e que delimitam os dois pólos da península Coreana só foram estabelecidas após um mais recente conflito, entre 1950 e 1950, e que em plena Guerra fria opôs o lado norte, suportado pelos Soviéticos, e o lado sul, pelos Americanos. Um conflito sangrento, que ainda hoje causa no mundo inúmeras interrogações quanto à posterior paz estabelecida. Será ela duradoura? O próprio povo Coriano não saberá responder com certeza. Não duvidam, todavia, que estarão preparados para defenderem o seu território até ao fim, como sempre o fizeram, com bravura e tenacidade.


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